A tecnologia RFID implicou uma revolução na gestão de inventários, no controle de acessos e no seguimento logístico de serviços. No entanto, apesar da sua ubiquidade, esta tecnologia apresenta-se como um enigma para quem não estiver familiarizado com ela.

Nesta entrada de blog, vamos fazer uma viagem de cinco passos para perceber como é que funciona a RFID. No final desta publicação vamos conhecer o funcionamento desta tecnologia de maneira simples e clara.

1-Inicio: Geração do vínculo de comunicação

O primeiro passo para compreender o que é a RFID e como funciona é a criação do vínculo de comunicação entre o leitor e as etiquetas. Este momento é crítico porque permite estabelecer a base para a transmissão de dados. Quando o leitor emite um sinal de rádio numa faixa de frequências específico, está a tentar estabelecer contacto de maneira ativa com as etiquetas RFID próximas.

O sinal de rádio emitido pelo leitor atua como uma chamada às etiquetas dentro do alcance, convidando-as a responder. Este processo é semelhante ao modo como uma antena de rádio sintoniza uma emissora específica: emite um sinal numa frequência em concreto e espera por uma resposta. Neste caso, as etiquetas RFID que recebam o sinal do leitor  preparam-se para responder, iniciando assim o processo de comunicação.

2-Resposta da etiqueta: Ativação e preparação para a transmissão

No segundo passo do processo, as etiquetas respondem ao receber o sinal do leitor RFID, sendo ativadas para a transmissão de dados. As etiquetas passivas aproveitam a energia proporcionada pelo sinal do leitor para a sua respetiva ativação, enquanto as etiquetas ativas possuem a sua própria fonte de energia, o que lhes permite estar sempre prontas para responder.

Depois de terem sido ativadas, as etiquetas estão prontas para transmitir os dados armazenados, que podem incluir identificadores únicos ou informação relevante sobre o produto. Esta ativação e preparação são cruciais para facilitar a comunicação entre as etiquetas e o leitor, preparando assim o caminho para a seguinte fase do processo.

3-Transmissão de dados: Informação em movimento

Após serem ativadas, as etiquetas RFID entram na fase de transmissão de dados e enviam a informação armazenada ao leitor. Esta fase é crucial para a transferência de dados entre as etiquetas e o sistema leitor. A informação transmitida pode variar, desde identificadores únicos que permitem a localização precisa de objetos ou ativos a detalhes específicos de produtos como datas de fabrico, números de série ou informações logísticas.

A versatilidade dos dados permite a sua aplicação em diversos contextos e setores, desde o seguimento de inventários à gestão da cadeia de fornecimento, entre outros.

4-Processamento de dados: Transformar a informação em ações significativas

No quarto passo, o leitor RFID recebe os dados transmitidos pelas etiquetas, entrando em jogo a fase de processamento de dados. Neste processo, o leitor analisa e organiza as informações recebidas para transformá-las em ações significativas e úteis. Dependendo da aplicação específica, estes dados podem ser utilizados para diversos fins, como atualizar o inventário de maneira rápida e eficiente, gerir o acesso a sistemas de segurança ou melhorar a experiência omnicanal.

O processamento de dados é essencial para maximizar o potencial da tecnologia RFID, permitindo a tomada de decisões informadas e a automatização de processos.

5-Ação: Ativação de respostas automáticas

A partir dos dados processados, o sistema RFID pode ativar ações específicas como a atualização de bases de dados, a ativação de alarmes de segurança ou a abertura de portas.

Entre as ações possíveis, estão as atualizações de bases de dados, nas quais a informação recompilada é integrada em registos de inventário ou sistemas de gestão de ativos para manter um seguimento preciso em tempo real. Além disso, o sistema RFID pode ativar alarmes de segurança ao detetar anomalias ou produtos não autorizados, ou ativar a abertura ou fecho de portas ou pontos de acesso restringido, permitindo ou recusando a entrada em função da autorização das etiquetas RFID detetadas. Estas ações automatizadas não só agilizam os processos, como também melhoram a eficiência e a segurança em diversos ambientes, desde armazéns e centros de distribuição a instalações industriais e comerciais.

A tecnologia RFID teve um impacto significativo na gestão de inventários, no controle de acessos e no seguimento logístico em diversos serviços. Apesar da sua utilização generalizada, o seu funcionamento pode continuar a ser um mistério para quem ainda não está familiarizado com ela. Nesta entrada de blog, embarcámos numa viagem educativa de cinco passos para explicar o funcionamento da RFID.